sábado, 25 de abril de 2009

Visita


Uau! Quinze dias sem uma atualização! É assim, a gente vai ficando inerte, inerte, inerte, até que estagna de vez. Mas agora, quase como uma faxineira virtual com o dever de tirar a poeira e as teias de aranha daqui, recebam o meu conto, Visita:

Tarde da noite. Nem sei que horas da noite, mas tarde. A janela entreaberta e a luz forte da lua a penetrar. Minha mãe na cadeira de balanço, balançando, mas dormindo. Sonâmbula. Alguns pedaços de tricô, agulhas e panos esfarrapados sobre seu colo. Eu passava por ali. Ia direto para meu quarto, mas tinha alguém na sala. Parei para ver quem era. Minhas pernas já trêmulas. Adrenalina bombardeada. Mas, calmo. Fingi estar calmo. Devagar, acendi a luz.

Era simpático o rapaz sentado na poltrona. De pernas cruzadas, calça jeans justa e um terno preto. Ele, desde o escuro, tinha os olhos em mim. Já me esperava ali. Sabia que eu ia acordar e tomar um pouco de água na cozinha.

“Estive te esperando por um bom tempo”, disse-me, animado, deslizando os dedos pelo estofado da poltrona.

“Acho que está havendo um equívoco aqui”, eu respondi, ainda fingindo estar calmo.

“Equívoco nenhum.”

Fiquei por um momento tentando rastrear aquele rosto na minha memória. Aquele rosto jovem, mas com um pouco de rugas. Com um toque de velhice. Queria não ser descortês, mas não lembrava. Tinha de perguntar. Para minha segurança, eu tinha de perguntar.

“Realmente sinto muito, mas não sei quem é você.”

“Sei que não me conhece, meu caro amigo. Só eu lembro de você.”

Certo, eu tinha de manter a calma. A pouca calma que fingia ter. Poderia ser um sequestrador, daqueles dos sequestros relâmpagos. Mas eu não tinha dinheiro. Melhor, minha mãe não tinha dinheiro para pagar o resgate. Ele iria cortar cada pedacinho meu e enviar pelo correio de aperitivo. Uma orelhinha, depois um dedo, depois um nariz. Cada coisa por vez. Cada coisa por semana. Certo, eu não preciso me desesperar. Não devo fazer movimentos bruscos. Mas e se ele for um serial killer? Se ele for alguém que nem o dinheiro para. Que só quer mais um corpo na sua mesa de cirurgias? E se ele for apaixonado por mim? Um daqueles admiradores secretos obsessivos? Tenho de me concentrar no telefone. Tenho de me concentrar no telefone. No telefone vermelho, reluzente. Tenho de segurá-lo firme e acertar sua cabeça. Na nuca, para desacordá-lo. Se eu matá-lo, será legítima defesa. Não consigo. Minhas pernas estão tensas demais para se mexer. Perdoe-me, mãe. Eu falhei desta vez. Escorraçar um bandido de casa e não consigo. Desculpe-me. Vou fazer o que ele quiser para tentar permanecer vivo. Espero que Deus tenha piedade de mim. Sei que Deus não tem nada a ver com isso. É, eu sei. Que pelo menos não doa, Deus.

“Você parece nervoso”, ele disse. “Desculpe-me pela maneira que te abordei. Isso de ficar esperando no escuro não foi uma boa ideia, mas sua mãe permitiu que eu entrasse. Vi que ela parecia dormir e apaguei a luz para não incomodá-la.”

Então era isso. A velha agora colocava estranhos dentro de casa. Não bastava os chiliques que ela dava achando que alguém mexeu nos seus tecidos, tesouras, agulhas. Ela, sempre ela. Ela mesma. Só que esquecia do que fazia. Esquecia com frequência. Não esquecia de esquecer. Nunca me incriminava diretamente. Mas passava horas gritando: “Alguém mexeu nas minhas coisas! Quero saber quem foi o maldito bandido!” e ficava olhando para mim. Quando isso acontece, sempre tenho de procurar as velharias da velha. E sempre as encontro nos lugares mais inusitados: pia, geladeira, jardim. Espero não encontrar agulhas na comida.

Ele aproximou-se de mim amigavelmente. Não reagi. Eu era só um corpo que obedecia ao que ele queria. Com aquela mão no meu ombro indicando a direção.

“Tem mais alguém aqui te procurando.”

Mais alguém? Era o carrasco? O executor? Adeus, dias cruéis! Fomos até meu quarto. Meu quarto escuro, frio, desgastado. Meu receptáculo de todas as noites. Arqueei as sobrancelhas, porque suas características mudaram.

“Veja, seu nome é Elisa”, disse o rapaz misterioso, apontando para uma garota que parecia ter aparecido ali depois de um nariz retorcer. Depois de um pó de pirlimpimpim.

Ela, sentada, sorridente, acenou para mim. Disfarçou o riso. Rodopiou na cadeira. Sorriu de novo. Maluca. Com plumas em torno do pescoço. Ela estava feliz. Muito feliz. Rodopiando. Se exibindo para mim.

Meu quarto, redecorado, vivo, cheio de cores, piscas-piscas, globo de luz iluminando um música indecifrável. Meu quarto zumbi, derramando uma urbanidade doentia, do concreto que retém as pessoas em casa. Nós três, lá, aconchegados, no meu quarto. Eu não sabia o porquê. Não precisava de perguntas. Assim que vi Elisa, assim que seu perfume se misturou às minhas coisas, àquelas luzes, eu soube que ela poderia ficar lá. Nós três. Obrigado, rapaz, por ter me apresentado Elisa. Nós três.

“Entre, Ana”, ele falou e interrompeu meu pensamento.

“Entre, Ana”, reforcei.

Ana esfregou suas botas de cano curto no carpete e entrou, tímida. Ria menos por conta da sua timidez. Era linda. Não tanto quanto Elisa, mas ainda sim sublime. Ela se aproximou. Aproximou-se do meu amigo misterioso. Encostou-se em seu ombro. Conhecia meu amigo misterioso e não dava bola para mim. Ainda bem que não, para não causar confusão. Ela dava bola para o rapaz misterioso. Elisa era quem dava bola para mim.

Ai, ai, Elisa. Você aqui e eu não sei nem o que te dizer. Também não quero dizer nada. Não quero estragar as coisas. Já me afundei tanto em palavras que não há mais sentido em repetir isso. Já me afundei tanto querendo explicar detalhe por detalhe, centímetro por centímetro, átomo por átomo dos meus sentimentos para que as pessoas acreditassem. Não precisava mais disso. Era só me deixar guiar pelos teus olhos fugidios. Teus olhos que não param quietos um minuto.

“Vou pegar cerveja para nós”, eu disse. Elisa veio comigo.

Eu me senti bem. Senti-me independente. O rapaz com a sua. Elisa comigo. Era uma noite legal. Elisa pegou a sua, eu peguei a minha gelada. Levamos três: duas para o rapaz, uma para Ana.

A cerveja ótima, no ponto. A espuma boa. A cevada boa. Eu e Elisa calados, encostando o gargalo nos lábios, brincando com a saliva e o resquício de cerveja na boca. O rapaz e Ana conversando freneticamente. Nós quatro sentados na cama. A música rodando. Rodando tão indecifrável quanto o que o rapaz e Ana diziam. Elisa finalmente disse algo. Não entendi:

“Onde fica o banheiro?”

“Hã?”

“Onde fica o banheiro?”, disse mais perto do meu ouvido, com aquele hálito de menta e cerveja.

“Eu te mostro”.

Levantei-me e fui lá, mostrar o banheiro. Era a cerveja fazendo efeito. O rapaz e Ana não olharam para nós. Eles continuaram a conversar. Eram muito legais.

Elisa fechou a porta. Eu fiquei esperando ela ali. Sentia falta. Ficava com medo de que não saísse mais de lá. Demorou um pouquinho. Acho que travou no começo por estar numa casa estranha. Depois escutei o xixi batendo no vaso. Ela demorou mais um instante. Abriu a porta. Sorriu para mim. Olhei seus dentes alvos, seus lábios rosados. Lembrei-me do cheiro de menta e de cerveja que ela bafejou. Aquilo me deixava vivo. E que delícia seria se eu pudesse sentir de novo, mais perto. Se fosse um beijo com aquele bafinho. Eu pensava rápido nessas coisas. Pensava enquanto ela se recompunha do banheiro. Enquanto terminava de enxugar as mãos na calça jeans.

A segurei pelo braço e nós voltamos. O rapaz e Ana a mil. Conversando como antes. Os dois davam pequenos saltinhos na cama quando iniciavam uma frase. Fervilhavam os dois. O rapaz não poderia ser mais denominado de rapaz misterioso. Ele tinha deixado a identidade e alguns trocados em cima do meu criado-mudo. Estavam amassados. Tirou do bolso de trás da calça. Eu olhei. Olhei e ri. Seu nome era João. Não poderia mais chamá-lo na minha cabeça de rapaz misterioso. Ri da foto 3x4. O cabelo dele grande, encaracolado, diferente de agora. Um aparelho nos dentes, uma espinha enorme bem no meio da testa.

“Ei, Elisa, olhe”, eu disse, segurando a foto no alto.

Elisa se aproximou, pôs os olhos próximos e riu. Riu feliz e caiu em cima de mim. João – ai! que falta faz chamá-lo de rapaz misterioso -, puxou a identidade da minha mão com força, também sorrindo.

“Essas fotos são horríveis. Nem Scarlett Johanson ficaria bem numa assim”.

“Scarlett Johanson”, eu disse, “por que logo ela?”

“É a minha musa pessoal.”

Ana deu um tapinha no braço de João brincando de ciúmes. Ana era dona dele então. Namorada de João. João e Ana, legais. Eu e Elisa, ainda a sobrar. Eu tinha de ser mais incisivo, menos covarde. Elisa estava na minha, eu acho. A noite perfeita. Tudo colaborava. Elisa perto de mim. Ai, Elisa. Fingi pegar algo no criado-mudo. Passei o braço por cima dela. Encostei o nariz nos seus cabelos. Àquela altura, estávamos perto demais. Captei seu segundo cheiro. Aqueles cabelos macios no meu nariz. Aquele cheiro de shampoo infantil me fazia lembrar a infância. Fazia-me lembrar de quando escorreguei no banheiro e rachei a cabeça. E do sangue aflorando, cobrindo meus olhos, meu nariz, a boca. Eu nu, água, suor, sangue. As coisas vermelhas. Esta lembrança agora parecia uma pétala de rosa caindo, graças a Elisa. Graças a Elisa que usa o mesmo shampoo que eu usava naquela época. Naqueles bons tempos, que ganhar um brinquedo com a cabeça rachada e no hospital era felicidade.

Voltei. Retornei da imersão nos cabelos de Elisa. Ela riu. Gostou do quase abraço surpresa. Disse que queria brincar comigo. Brincar como? Não com meu coração, não é, Elisa?

“Vou te maquiar.”

Ah, não. Era humilhação demais. Por favor, Elisa, não queira que eu seja seu amigo gay. Não levo jeito para essas coisas, sinceramente.

“Confie em mim”, ela disse, tirando o estojo de maquiagem de uma bolsinha preta.

Não poderia negar esse capricho a Elisa. Queria continuar sentindo o cheiro dela. Sei que Ana e João ririam de mim. Mas seria divertido até.

Seus dedos se aproximaram do meu rosto, cobrindo-o com pó-de-arroz. Estava quietinho, esperando ela terminar. Estava olhando para suas mãos, fininhas, o esmalte descascado. O esmalte vermelho, da cor do meu sangue no banheiro. Suas mãos exalavam o terceiro cheiro. Adocicado. Cheiro de produto tóxico que dá vontade de comer. Cheiro de detergente de maçã. Elisa parecia feliz. Eu não me sentia tão bem em vê-la rindo da minha cara. A verdade é que nunca me levaria a sério.

“Estou quase terminando”, ela me acalmava.

João e Ana ainda não haviam prestado atenção em mim. Elisa remexeu na bolsinha. Procurou, procurou e achou o batom, vermelho, mais vermelho que as unhas descascadas, mais vermelho que o sangue na minha infância. Elisa, por que eu? Por que eu para drag queen? Não poderia ser o João? Ele tem uma namorada. As pessoas não desconfiariam. Ele podia provar, provar que era muito homem. Eu não. Eu pareço um garoto. Um garoto assustado que treme quando você mexe os braços na minha direção. Vamos! Termine logo com isto. Eu não podia dizer. Não podia exigir.

“Pronto, terminei”, ela disse orgulhosa do seu feito, da sua experiência.

Elisa me puxou pelo braço, me guiou ao espelho. João e Ana sorriram, mas não debocharam.

“Agora você é Robert Smith!”, Elisa falou quando vi minha imagem.

Gostei da surpresa, gostei da fantasia. Gostei de como ela arrepiou meu cabelo sem que eu percebesse. Também, aquelas mãos pareciam pequenas almofadas. Pequenas nuvens que se dissipavam depois de serem atravessadas por um avião e retornavam à sua forma anterior. Elisa poderia roubar algo de mim. Talvez já tivesse roubado. Pois, enquanto os centímetros e a estranheza nos separavam, eu sentia um vazio, indescritível como um vazio deve ser.

“Agora vamos tirar umas fotos.”

Fiquei tonto com os flashes. Meu quarto era uma boate de pessoas loucas. Meu quarto era o lugar que tocava a música que ninguém nunca escutou e que ninguém nunca saberia se tinha escutado. Era indecifrável. Elisa era inefável. João e Ana eram essenciais. Não consigo definir suas posições no tabuleiro, mas eles deviam permanecer lá, sempre. Depois de quatro fotos, coloquei a mão em frente à câmera.

“Tudo bem”, Elisa parou.

Tudo bem, eles disseram. Eu não ouvi o que, mas entendi. Trouxeram um jogo de tabuleiro. João e Ana, Elisa e eu. Bons times. A partida começou. Eu não sabia o objetivo do jogo, não conhecia as regras. Só via as mãos de Elisa deslizarem no tabuleiro. Só via suas mãos afortunadas jogando os dados e comemorando depois. Ganhando para nós. Fomos os vencedores. Que bom aquilo ter terminado logo. João e Ana satisfeitos, Eu e Elisa livres. Livres até eles arranjarem algo mais para fazer. Algo mais para esquentar aquela noite, aconchegante, solitária. Aquela noite que parecia ser habitada apenas por nós quatro.

Elisa se enfadou. Por um minuto ela se enfadou. Abriu a primeira gaveta do meu criado-mudo. Lá estavam fotos que eu não sabia onde tinha guardado da última vez. Fotos da minha infância, chorando por não ter ganhado um caramelo, pelo palhaço feio e suado. Chorando por chorar.

Elisa riu do meu choro, riu das empoeiradas fotos polaroid. Meu choro infantil serviu para alguma coisa enfim.

Também cansei. Estiquei-me na cama. João e Ana por sua vez, continuavam sentados na ponta. Continuavam dando saltinhos, radiantes. Elisa viu e reviu todas as fotos, as poucas fotos. Ia se entregando ao marasmo. Foi até a janela, observou a rua por pouco tempo. Ninguém. Ninguém para confirmar se estávamos vivos. Nem gatos saindo das lixeiras.

Elisa esbaldou-se na cama também. Nós dois deitados, como se fôssemos fazer anjos na neve. Venci então o medo da rejeição. Encostei minha cabeça no seu ombro de um jeito mais íntimo. Voltei ao segundo cheiro, o dos cabelos. Cada vez que eu retrocedia a essas experiências aromáticas, algumas reminiscências eram despejadas em rápidos flashes. Pude me ver num dia de sol. Um sol que atravessava os cílios, que chamuscava os olhos. Que fazia o movimento das pessoas mais onírico. Acho que um sol com gravidade zero.

Movimentos lentos, frame por frame. Surreais. De dar enjoo. Belos. Um paradoxo que teimava em existir. Um momento que eu não queria nunca que chegasse ao fim. Atordoado como um morcego de sonar falho.

Seu corpo aproximou-se delicadamente do meu. A luz alaranjada do abajur incidindo no seu rosto como o sol que chamuscara meus olhos. Não enxergava muita coisa. Apenas instantes. Pequenos instantes que restavam no meu cérebro alheio à ordem natural das coisas.

O coquetel desceu goela abaixo cantando indecifravelmente, iluminando a garganta, laranja como o pôr-do-sol, com jeito de cerveja e menta. Seus lábios encostaram-se nos meus. Também almofadados, não como nuvens que se desfaziam. Os sentia lá, intactos, só eles, como se tivessem vida própria. Como se pertencessem a outra realidade. Não sei ao certo o que Elisa pensava naquele momento. Acho que não pensava. Acho que era vazio, assim como eu tinha por dentro. Vazio que clamava por ser preenchido eternamente.

Tudo parou. A música parou, as luzes se apagaram, os pelos se acomodaram e os lábios foram nuvens dispersas de novo. Tudo parou quando o vazio fez-se maior do que meu corpo poderia suportar. O coração parou por um instante de bombear aquele momento. Acordei tragando o vazio. Acordei querendo respirar mais o perfume de Elisa do que oxigênio. Acordei sozinho, entre os meus lençóis. Acordei escutando gatos remexendo as lixeiras e mendigos querendo espeto de gato. Acordei com as fotos arrumadas na gaveta. Acordei sem o amor que vivia na minha cabeça.




A TV exibindo o nada. Sintonizada numa ode ao vazio. Os gatos lá embaixo cansaram do lixo e foram passear. Cada uma das suas sete vidas era mais excitante que a minha. Mamãe tricotava, sonâmbula, o vazio. Tricotava um cobertor eterno que voaria pela janela e daria a volta ao mundo.

Ia à cozinha todas as noites tomar um copo de água com um vácuo no estômago. Todas as noites eu passava pela sala. Esperava alguma sombra se mover. Esperava um sorriso fácil de Elisa em meio à escuridão. Não funcionava muito bem. Os cheiros permaneciam na cabeça, mas não atravessavam o nariz. Uma foto polaroid em branco no criado-mudo, um risco, uma silhueta feminina, as nuvens. Dormia cada dia mais cedo. Quem sabe, amanhã.


3 comentários:

Anônimo disse...

"(...) encostando o gargalo nos lábios, brincando com a saliva e o resquício de cerveja na boca."

"Era a cerveja fazendo efeito."

"Acho que travou no começo por estar numa casa estranha."

"Pensava enquanto ela se recompunha do banheiro. Enquanto terminava de enxugar as mãos na calça jeans."

"João – ai! que falta faz chamá-lo de rapaz misterioso" HAHAHA

"Captei seu segundo cheiro."

"Por favor, Elisa, não queira que eu seja seu amigo gay."

"O esmalte vermelho, da cor do meu sangue no banheiro."

"Suas mãos exalavam o terceiro cheiro."

"Cheiro de detergente de maçã." - acredita que quando li essa parte comia bala de maçã?

"Quem sabe, amanhã." (foi o "Quem sabe, amanhã" mais angustiante e superestimado que eu já vi/li/senti)

Aliás, você está de acordo com as novas regras ortográficas, BLARGH, sou contra. HAHA :)

Igres Leandro disse...

Você repara em tudo mesmo, né?

"Quem sabe, amanhã." (foi o "Quem sabe, amanhã" mais angustiante e superestimado que eu já vi/li/senti)

Tudo isso?! Maravilha!

Tentando me adaptar com as novas regras, pra daqui a quatro anos não sentir dificuldade, haha.

Ira Lemos disse...

Quem dera acontecesse isso cmg =/ belo texto Ig.
=**