sábado, 6 de junho de 2009

Os piores programas da atual TV aberta brasileira


A televisão. Muita gente diz que prefere cortar o mal pela raiz e deixar de assistir, quando o caso é a produção nacional de TV. Em meio a uma falta tremenda de originalidade e também uma acomodação do grande público, que engole tudo goela abaixo, a maior fatia desse bolo acaba não sendo digerível.

Partir para a TV paga, em sua maior parte estrangeira, ainda é uma vantagem, mas é importante lembrar que ela também carrega seu lado medíocre, com atrações tão ruins ou até mesmo piores que as nacionais. O problema é que, por melhor que seja o programa sintonizado na sua TV, ainda se sente falta de uma atração nacional de boa qualidade, que fale nossa língua, retrate nossa cultura, nossas particularidades e registre o que acontece de arte, de loucura, de novo, neste Brasil imenso de pontes abaladas.

Pensando bem, e sempre tem alguém pra dizer isso, a TV com o tempo foi perdendo sua utilidade, foi ficando para trás, e uma nova geração formou-se frente à outra luz: o computador, a internet. Adoro! E vivo vidrado em um, checando os e-mails, as inúteis notícias, os sons novos. Apesar disso, um meio de mídia não consegue substituir completamente outro. Pelo menos, não para mim. Há um complemento, e o que é internet vira TV, o que é TV vira internet. Da mesma forma com a literatura, com o rádio, com o cinema. Cada área tem sua linguagem própria que se adapta aos tempos modernos mas mantém a essência.

Não adianta apenas ler e esquecer a TV, navegar em blogs e nunca mais folhear livros... Existem momentos nos quais eu apenas quero relaxar, ser tão passivo a ponto de hibernar, em outros quero ferver a cabeça, estar aberto para muitas informações ao mesmo tempo. E, em cada um desses momentos, uma linguagem pode me parecer mais propícia.

Buscar, filtrar, reunir informações, desvendar a diversidade, conhecer o bom, o ruim, e estabelecer um referencial. Estamos sujeitos a tudo isso na vida, mas nem sempre precisamos passar por situações adversas para aprender algo. Temos nossa imaginação. Podemos materializar situações. Na TV, no caso, é até gostoso se torturar um pouquinho, só pra criticar depois, só para poder absorver esse tipo de informação sob um novo ponto de vista. É a montanha russa mais volátil do mundo, do melhor ao pior, que nos traz satisfação. E experiência para distinguir o pior melhor do pior pior. Do ruim crônico.

Começo então uma lista descompromissada (até mesmo porque na grade da SKY não tem SBT, que então escapa de ser listado).

Sem ranking algum, começo pela Turma do Didi, exibido pela Rede Glóbulo de Televisão. Sinceramente, fico pensando que tipo de gente consegue dar uma risada com esse programa. Vamos dar um desconto: mostrar os dentes, pelo menos. Não, eu não tenho na minha cabeça a imagem de ninguém rindo ao assistir a Turma do Didi. E qual é a função de um humorístico?
Renato Aragão já teve seus tempos áureos ao lado dos Trapalhões que, indiscutivelmente, é um clássico do humor brasileiro. O programa que ele mantém hoje, cheio de piadas repetidas, subcelebridades e uma aparência fake horrorosa, é só mais um exemplo de quem vive do passado.

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Dona Márcia! Zapeando, uma vez ou outra, eu vejo a Dona Márcia. Ela e seu velhote teste do polígrafo. Ela e a mulher que tem um grande segredo pra revelar até o final da tarde. Ela e uma porção de atores que, podiam ser orientados pela produção para contar estórias mais originais, já que é tudo ficção mesmo.
Eu acho Márcia estranhíssima. Fico olhando pra cara dela e tentando decifrar algo, tentando lembrar depois na minha cabeça como é o rosto dela, mas não consigo. Acho que ela é uma E.T.

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Luciana Gimenez, a mãe do filho do Mick Jagger, casada com o vice-presidente da Rede TV. Ela é a apresentadora do pop, mais pop, pop mesmo, Superpop. O programa é vaginal, como disse uma vez, se não me engano, Adriane Galisteu.
Não podemos acusá-lo de apatia quando o assunto é angariar audiência, de qualquer forma, usando os dois meios mais vulgares pra isso: o erotismo e uns barraquinhos pobres.

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Os programas da Globo são definitivamente polidos. Mostram quase sempre gente bonita, cheirosa (sim, dá pra sentir o cheiro pela TV), educada. Vídeo Show é um dos que mais tem história na casa. Agora, numa nova fase composta por apresentadores donos de tanta opinião própria quanto uma lagosta, o programa disseca a já chatíssima programação genérica do canal e explica o conteúdo das novelas pra quem não tem capacidade de entender durante o horário das 6, 7 e 8.

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Os Mutantes ou Caminhos do Coração? Sei lá, só sei que os dois nomes são ridículos, principalmente para uma novela, uma novela que tem temporadas de tanto sucesso que faz por aí. Uma cópia descarada dos X-mens com adaptação brasileira. Efeitos especiais caseiros e dentaduras falsas que fazem os atores falar babando. É um grande pastelão.

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Domingão do Faustão, o preferido das pizzarias e churrascarias de quinta. Enquanto você toma sua Coca-Cola estupidamente gelada e saboreia sua pizza à moda da casa, atura uma sucessão de ô-locos. O grau de chatice é tão alto que dá até pra dividir, medir e saber muito sobre aquelas pessoas que gostam ou não do programa do Fausto Silva. Quem, em sã consciência se mantem em frente à TV assistindo vídeo cassetadas? Não fossem as estrelas globais que, para cumprir contrato, aparecem por lá, seria mais fracasso do que é. Pelo menos aprendemos que um elogio do Faustão é pior do que dez insultos.

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A Tarde é Sua. Como eu já sugeri uma vez, poderia trocar o nome para A Morte é Sua e agarrar mais audiência. Eu fico vendo o olhinho da Sônia Abrão pela tela, aquele olhinho sereno, apertadinho, só esperando uma tragédia acontecer pra garantir o programa do dia. Mas não importa de qual área, como, por que, morreu alguém, adoeceu alguém, entrou alguém em estado catatônico, a equipe do A Tarde é Sua está lá, fazendo gravações intermináveis e enviando seu repórter especialista em extrair lágrimas de quem já parece um deserto. Pra descontrair é a vez das sub celebridades darem as caras. Moranguinhos, Maracujás, Pinhas, ex-BBBs, Rafael Pilha, Gretchen e a turma toda.

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Mesmo com calo nos dedos de tanto zapear entre a programação, o que não falta são programas ruins, descartáveis, amadores, manipuladores, dissimulados, vulgares. Mas não é preciso se assombrar com a TV, apesar da escassez de qualidade, uma hora se encontra algo interessante, e é isso que o público precisa valorizar.

Como diria o missionário R. R. Soares, apresentador do programa Show da Fé - que só não entra nessa lista porque é um grande comercial de igreja -, "Eu vou seguindo a Jesus Cristo, nesse caminho, eu não desisto... lálálá...".


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7 comentários:

Ira Lemos disse...

EU AMEI MUIITO ESSE POST!
shAUSHAUhaUSHAushAUSHahsausausha
shAUSHaushaUSHAushAUSHAuhsauh
Não consigo parar de rir!
Ig é tuudo que eu penso, ri muito mais com o da Sônia!! amei messsmo!!
Parabéns!

Márcia ... disse...

Concordo com todos só acho q faltou nessa lista o Programa do Gugu chato pra caramba ...

Ira Lemos disse...

é que o SBT escapou pq não tem na Sky ^^

Igres Leandro disse...

Haha! Pois é, Ira! A Sônia é uma graça... das mais mórbidas.

Claro que eu deixei muitos de fora, isso é só amostra da banda podre, haha.

Renato disse...

haeuheaueahueahuaeh

eu tbm nao estou parando de rir.

gostei demais man! e com o final do R.R. Soares eu quase caio da cadeira!
meus parabéns!

Igres Leandro disse...

Renato, só resta rir mesmo pra não chorar, haha.

Abração!

Rafaela disse...

kkkkkkk
Concordo plenamente!

Mas vc esqueceu:

Zorra Total
Casseta e Planeta
Big Brother Brasil
A Fazenda
Programa Silvio Santos
O Melhor do Brasil
Tudo é Possível
Programa do Gugu
Todos os programas religiosos