sábado, 21 de janeiro de 2012

VERSÕES ALTERNATIVAS PARA O BIG BROTHER

Há doze anos o reality show mais assistido do Brasil ganha novas edições. O BBB é um fenômeno de público, de audiência, de faturamento, de recorde e polêmicas. Polêmicas muitas vezes sem sentido, comoções infundadas, manifestações de amor e ódio propiciadoras de vergonha alheia. Big Brother seria ótimo, não fosse um programa de TV. Digo isso porque analisar o comportamento humano onde, quando e como você esteja é intrigante, instigante, excitante, porém, a espontaneidade tão anunciada pelos produtores do reality show é suprimida pelas regras, pelo jogo, pelo prêmio. Pela edição, acima de tudo. O que vemos nada mais é do que indivíduos que atravessam o moedor de carne, o portal, a porta da esperança e viram produto genérico. Por mais que suas cascas os diferenciem, por mais que sejam gays, tatuados, gordos, magros, altos, baixos. Para permanecer no jogo eles precisam fazer a política da boa vizinhança, precisam respeitar os todos poderosos que comandam a atração, precisam dançar Luan Santana e Rammstein, Radiohead e Michel Teló. 

Não digo que não assisto. Não sou hipócrita. Torci todos esses anos por algo surpreendente. Pra que alguém enterrasse outro ainda vivo no quintal, pra que organizassem uma rebelião e destruíssem todas as câmeras, pra que entrassem em trabalho de parto... Big Brother Brasil é receita de passividade. Deitar no sofá e esperar que os outros façam tudo por você, mesmo o que você não faria. Eu entendo os que assistem. Só não entendo as paixões despertadas. Enfim, este post tenta montar edições alternativas do programa que, pelo menos eu, gostaria de ver um dia no ar.


Uma quadrilha de políticos na casa mais vigiada do Brasil! Uma hora eles esqueceriam das câmeras e rolaria um festival de cédulas nas cuecas. Não existiriam panelinhas, mas partidos, cassação seria o novo paredão e ficaria mais tempo na casa quem tivesse mais dinheiro pra comprar voto.


Se "A Fazenda" da rede Record quis pegar carona no sucesso do reality global, é a vez da emissora de Pedro Bial dar o troco. Porque fazenda que é fazenda não tem animais tipo Viola, Sérgio Malandro, Théo Becker, Mulher Melancia, entre outros, tem é galo, vaco, cavalo, porco...


Diabéisso, porra! Que preconceito é esse conosco. Cadê a gente na TV? Sem dúvida uma edição só com ilustres cearenses seria pai d'égua! Já pensou, Pedro Bial em mais um de seus discursos recheados de filosofia de botequim pré-eliminação e um dos cearenses na forca diz "Ei, diabo pôdi, deixe de arrudei!".


Por falar na filosofia barata e maçante que Pedro Bial faz questão de introduzir num programa que definitivamente não absorve isso muito bem, imaginem uma casa cheia de filósofos, pensadores e estudiosos. Bial ficaria no mínimo constrangido em aplicar seus discursos. Possivelmente ninguém sairia da casa até saber o motivo da eliminação. Os porquês e as interrogações permeariam todo o programa.


"Dollynho, você acaba de ser eliminado do programa por estuprar a Moça do Leite Moça!". A vida é cruel e só os mais bonitinhos, interessantes e desenvoltos sobrevivem. Um jogo com todos aqueles mascotes que já disputam no mercado o melhor lugar e que só são plenamente felizes quando chegam à mão do consumidor. Big Brother Brasil patrocinado pelos guaranás Dolly, definitivamente ganharia o meu respeito.


Estupro aqui não seria problema, aliás, tudo seria consensual. 16 participantes, 8 mulheres, 8 homens, várias câmeras os impelindo à ação. Câmeras que precisariam ser limpas a cada bukkake, a cada gang bang. Bial diria "Salve, salve! Vamos voltar a espiar os participantes dessa nave mãe e puta!". Provas de resistência seriam do tipo "fio terra dentro do carro" ou "sexo submerso". 


Um assassinato no Big Brother Brasil, coisa que um dia pode tornar-se realidade. A diferença é que, nessa edição, isso não seria motivo de eliminação. Certamente o programa acabaria antes dos três meses estipulados. Cada domingo teria uma contagem de corpos e não de votos. Aliás, penso que aquele jardim da casa seria ideal pra desova dos cadáveres. 


Já que a prefeitura de São Paulo anda transferindo os viciados da Crackolândia pra casas de reabilitação à força, nada mais apropriado do que agraciar um grupo de 16 deles pra uma casa tão luxuosa quanto a do Big Brother Brasil. Não ia precisar de quarto branco pro pessoal ficar muito doido não, algum tráfico certamente iria rolar e o Bial não conseguiria terminar nenhum discurso com o pessoal da casa nas crises de abstinência literalmente louco de pedra, mas é aquela coisa, a casa tem médicos à disposição, vai que eles descolam um tratamento pro povo, né não?

Vou enviar o link desse post pro pessoal do Projac com a esperança de que alguma dessas sugestões seja aceita. Abraço e até a próxima, pessoal!

3 comentários:

Andressa Bittencourt disse...

E em qual das versões você participaria? :)

Igres Leandro disse...

Eu gostaria muito de estar na dos mascotes. Seria um aprendizado e tanto como publicitário.

barbara disse...

Adorei! haha' Disse tudo e mais um pouco. Também assisto. Aprendi com uma de nossas professoras que essas porcarias também são úteis pra alguma coisa. Pelo menos pra comparar com algo de bom né?! oaieoaie'