domingo, 30 de maio de 2010

Macumbapop


Quando assisti pela primeira a um vídeo da Marli no Youtube, eu fiquei intrigado, me perguntando por alguns instantes de que dimensão aquilo tinha vindo. Um fundo musical digno dos videogames da era 8-bits, mais uma gravação tosca, mais uma atmosfera de macumba psicótica e, é claro, a nossa personagem principal, Marli, intérprete disso tudo.

Ociosidade, boas influências - ou péssimas influências, dependendo do ponto vista – e uma ideia na cabeça são as explicações cabíveis para a criação desse personagem divertidíssimo e sinistro para alguns, é verdade.

Com letras desconexas e obscuras, efeitos de música eletrônica obsoleta e uma câmera gravando tudo ao melhor estilo Bruxa de Blair, a sensação que se instala nos desavisados é um misto de riso e pavor.

Photobucket

Em meio a tanto plágio, repetição e vídeos de comédia stand up que não fazem rir nem o mais débil dos débeis, a história de Marli, ex-emprega doméstica baiana que, dirigida pelo filho de seus patrões na época, atua e canta em vídeos tão escrachados que chegam no limite do que se pode ser considerado trash e vira hit na internet, é formidável. Se macumba transformou-se em algo chiquê, tendência na alta sociedade, os vídeos e as músicas da rainha das trevas brasileira levam isso até às últimas consequências.

A personagem não tem sua história resumida apenas aos vídeos enviados para o canal no Youtube, mas também conta com uma série de discos virtuais disponíveis para download que dão mais veracidade à sua carreira fictícia.

Veja abaixo alguns dos videoclipes de Marli e descubra o que é magia negra, literalmente:





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