Aproveitando a fala de um maníaco em um dos episódios de Mission Hill, hoje me veio na memória os tempos em que a TV era bombardeada por anúncios de serviços telefônicos. Aliás, não só a TV, como também os jornais, revistas e cartões telefônicos. É, cartões telefônicos. Tinha uns bonitos. Para qualquer coisa aparecia um serviço novo com aquelas tarifas altíssimas. Lembro-me de um que chegava a cobrar 9,90 por minuto. Na década de
O Hugo Game talvez seja o melhor de todos e o que mais deixou saudade. Também se destacava como o que apresentava maior grau de interatividade, pois não se tratava apenas daquelas ligações e mensagens gravadas para cada opção. Era realmente um jogo simples, mas interativo, acionado pelas teclas do telefone. Poxa, eu liguei e estava certo de que ia participar. Nem imaginava que o programa chegou a receber um milhão de ligações congestionando as centrais de linhas telefônicas.
Uma das apresentadoras do programa
Versão portuguesa do programa
Pelo o que eu me lembro da ligação que fiz para o do Winspector, tocava a música de abertura do seriado e depois surgia uma voz meio idiota, com sotaque paulista, contando uma pequena história. Ao final, ele dava algumas opções sobre o “certo” a se fazer, basicamente assim:
1) Chama os bombeiros?
2) Chama a polícia?
3) Chama o Esquadrão Especial Winspector?
E eu, pobre eu, escolhia a opção 3. Sei que não se dá muito para confiar na polícia e nem nos carros de bombeiros brasileiros, mas no que nem existe, é pior ainda. Já pensou se eu ligasse para o Esquadrão Especial Winspector quando minha casa pegasse fogo?
Em relação aos eróticos, eu nunca liguei, mas tinha curiosidade na pré-adolescência, só que também tinha medo do serviço vir explícito na conta de telefone. Outro fato que me fez desistir de realizar esse desejo onanista foi uma entrevista com uma das moças que fazia as vozes, os gemidinhos e dizia as palavras sujas na linha. Digamos que ela não era nada atraente. Foi aí que eu aprendi como a propaganda bem feita é boa para o negócio.
Houve muitos e muitos outros, entre eles um que se destacava pela bizarrice era o Walter Mercado. Muita gente se lembra de seu bordão que foi aos poucos sendo incorporado pela cultura brasileira. Ele dizia: “Ligue já!”. Eu realmente sentia medo da carinha do Walter. Era uma espécie de Marta Suplicy envelhecida vestida de Cauby Peixoto.
3 comentários:
HAHAHAHA, eu adorava o HUGO! Tinha uma amiga minha, amiga mesmo, se chamava Paola, foi com ela que vi o primeiro filme pornográfico da minha vida e era um bando de cara se comendo, bem, talvez isso explique o meu trauma, os pais dela reclamavam demais, porque ela vivia ligando pra esse disque-sexo aí e a conta era altíssima, quando a gente perguntava pra ela o que acontecia, ela dizia que ficava mudo ou coisas do gênero. Hahaha, também me lembro do Walter Mercado, HAHAHAHA! Essas coisas são mesmo inesquecíveis. :)
mamãe nunca me deixou ligar pro HUGO.
uma das grandes frustrações da minha vida..
Geeeente meu sonho era ligar pro Hugo, mas não deixavam euheuhuiheh
Nossa, desculpa demora pra vir aqui, pudim querido. Já gostei do blog, acho que era mais ou menos isso que eu tentei (tentar não é conseguir, you know) fazer, mas descobri que não sou muito boa nisso. ainda. uehuh
Ah, e sobre os eróticos, assim que li, me veio o vídeo 'Sweet Emoton' do Aerosmith, vou deixar o link aqui, vê até o final e depois me diz :)
http://br.youtube.com/watch?v=6yGCHPmfqT0
Beijos!
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